quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Células tronco

A novidade agora apareceu nessa reta final da gestação. Onde quer que eu vá, há folderes sobre coleta e armazenagem de células tronco do cordão umbilical do baby. Milhões de folderes, muitas empresas que fazem esse serviço, mas pouquíssima informação detalhada a respeito (inclusive nos próprios folderes).

Inicialmente indaguei a meu médico. Ele não é especificamente dessa área, mas disse que muitas pesquisas sobre células-tronco estão sendo desenvolvidas e que está se descobrindo que as células-tronco não existem somente, única e exclusivamente, no cordão umbilical. Ou seja, essas tais células que podem dar origem a outras milhões de outras células diferentes existem em outro lugar que não só e somente só no cordão umbilical. Ótimo. Aí perguntei se seria o caso de fazermos a coleta. Ele disse: "se na sua família há alguma doença hereditária, seria interessante...". Mas não deu uma conclusão definitiva. Afinal, cada caso é um caso e a decisão final caberia a mim e ao maridão.

Continuei a buscar informações. Hoje liguei em duas empresas: CORDCELL e CORDVIDA. Falei por telefone e recebi e-mails bem informativos. Fiquei sabendo dos valores de coleta e armazenagem (a armazenagem normalmente é feita em São Paulo, aí nesse valor há embutido o valor de transporte também. Eles dão nome a tudo isso de "adesão": coleta + transporte + armazenagem por 1 ano), fiquei sabendo que teríamos que pagar uma anuidade para continuar mantendo o materialzinho do cordão umbilical do baby... Assim... teríamos que pagar vááárias anuidades, conforme o tempo que estaríamos dispostos a conservar as células congeladas. E tudo isso pra nem sequer saber se um dia usaremos esse material!!

Sim... há doenças sérias (genética e hereditária) na família, mas ainda não se sabe se há cura ou tratamento (para que serviriam então as células-tronco nesse caso?).

Então... não sei o que fazer!! 
Preparar o Luizinho prum futuro incerto de alguma doença que ele pode vir a ter e que pode vir a ter tratamento/cura? Ou numa perspectiva otimista: assegurar sua saúde desde antes mesmo do seu nascimento?
Confiar em Deus de que não haveria rastro de qualquer doença mais séria no corpinho do meu filhinho?
Fazer um mega investimento com um retorno no mínimo gratificante (a saúde do filhote)??
Gastar um dinheiro provavelmente à tôa com algo tããããooo a longo prazo, que hoje nem se sabe com certeza de sua utilidade?

Fiquei confusa. Como recebi essas informações há pouco tempo, ainda não deu tempo de conversar com o maridão. Conversaremos sériamente sobre isso. Afinal, o nascimento do baby será daqui a um mês (e a coleta é feita na hora do parto), até lá teremos que tomar uma decisão.

2 comentários:

  1. Olá, tudo bem?

    Sou da assessoria do BCU Brasil (Banco de Cordão Umbilical) e vi que você está na dúvida em relação a estes serviços. Calma! Isso é completamente normal, não só pela incerteza, como também porque são estudos feitos há pouco tempo.

    Pense com carinho, pois cuidado com nossos filhos nunca é demais. E também as células podem durar mais de 20 anos!

    Se tiver dúvidas, entre no site do BCU, lá eles esclarecem as principais dúvidas das mamães.

    Bjs e bom parto!! rs.

    Ana Paula Minari

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  2. Clari,
    eu não coletei o sangue do cordão umbilical da Júlia. Meu médico explicou que essas células não eram uma garantia 100% de cura caso ela tivesse algum problema. Por exemplo, para doenças genéticas hereditárias, a criança não pode usar suas próprias células (porque elas carregam a doença também). Por isso, a possibilidade de que uma criança vá precisar de suas próprias células é baixa. A comparação que ele fez foi: é que nem seguro de carro, você paga porque PODE SER que precise, mas torce para nunca usar.
    No fim, decidimos não coletar.

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